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2009 | Exposição Jefferson Svoboda no Jornal O Dia



Jornal O Dia, edição online de 15/09/09

2009 | Galeria de Arte IBEU no RJ TV

Coluna Diversão e Arte do RJ TV de 18/09/09

Exposição reúne telas de Jefferson Svoboda
Por: Maria Paula Carvalho


O rosto humano é destaque nas telas do artista plástico Jefferson Svoboda. A exposição “Lendária face” na galeria de arte do Instituto Brasil-Estados Unidos reúne, em 15 telas, a pesquisa de cores e formas que o artista desenvolve há mais de 20 anos. A entrada é grátis. “Lendária Face”, de Jefferson Svoboda. Local: Galeria de Arte Ibeu. Data: até 9 de outubro. Horário: segunda a sexta, 13h às 19h


2009 | Jefferson Svoboda - Lendária Face


Jefferson Svoboda - Lendária Face
(17 de setembro a 09 de outubro de 2009)

Jefferson Svoboda apresenta a exposição Lendária Face, composta por aproximadamente 16 telas em tinta óleo, acrílica e têmpera, produzidas em 2008 e 2009, de diferentes dimensões, cuja temática são rostos. O destaque da exposição é uma enorme tela, de 165 x 330cm, feita em pastel seco e têmpera. A diversidade de cores está presente nas telas de Jefferson Svoboda. E é nesse encontro das cores que a figura humana se revela, já que o ser humano é foco constante de sua pesquisa. Para Jefferson Svoboda, mais importante que a representação das faces são os conflitos internos e externos que emergem na sua construção e a tentativa de apaziguar essas tensões.

Jefferson Svoboda começou a desenvolver o seu trabalho a partir dos anos 80, passando pela figuração e depois estabelecendo a cor e a abstração geométrica como elementos dominantes, se alinhando a uma pintura onde a cor e a relação espaço-tempo se configuram como essência.

Para a crítica de arte Mirian de Carvalho:
“Entre diversidades técnicas, o visitante encontra imagens que ressurgem em vários momentos do trabalho de Jefferson Svoboda. Enraizando-se em instâncias míticas, há na arte de Jefferson uma recorrência de imagens imiscuídas nas cores e nos diversos materiais trabalhados pelo artista. Nesse conjunto de peças ora reunidas, ressurge um rosto enigmático e contemplativo. Esse rosto é um. E vários. Fragmento de um todo que não se totaliza, esse rosto nos “vê” com olhos de lonjura e proximidade. Ele nos envolve no entrelace do arcaísmo e do momento hodierno das coisas que se transformam ao fluxo do poético. Entre transformações e memória, esse rosto se insere no intimismo dos lugares imaginários que emergem nos trabalhos do artista. Atentos aos desígnios da lendária face em errância na arte de Jefferson, vivenciamos percursos das coisas da vida que se perde e se recria a todo instante. Vivenciamos a matéria como potência em desvelamento. Porque na arte e na vida nada se revela por completo”.

Nascido em Curitiba, Jefferson Svoboda mora e trabalha no Rio há 28 anos, onde mantém ateliê desde 1986. Foi o primeiro artista brasileiro a participar do festival de artes Master Class em São Petersburgo, Rússia, em 2000. As exposições individuais mais recentes aconteceram no Museu Alfredo Andersen (Curitiba, 2009) e Centro Cultural dos Correios (Rio de Janeiro, 2006).



FOTOS INAUGURAÇÃO

2009 | Novíssimos - Fotos inauguração

2009 | Iuri Casaes - Artista premiado na Coletiva Novíssimos 2009

Dentre os artistas da coletiva Novíssimos 2009, Iuri Casaes foi considerado o melhor expositor desta edição, recebendo assim, como prêmio, uma exposição individual na Galeria de Arte IBEU em 2010, ano em que a Galeria completa 50 anos de atividades. Acompanhe a entrevista de Iuri Casaes para a Galeria IBEU:

- É comum conhecermos o trabalho de um jovem artista por meio de blogs/sites e até redes sociais. Ao pesquisarmos sobre você, encontramos muitas referências a trabalhos no campo da ilustração e dos quadrinhos. Conta um pouco dessa experiência pra gente…
Essa experiência começou como leitor. Por proximidade mesmo. Galerias, exposições, sempre foram mais distantes. Ilustração e quadrinhos são muito parecidos, uma coisa remete à outra, e também é mais fácil de se iniciar sozinho. Era o caminho mais previsível. Estudei um pouco de comunicação e tive uma breve experiência como ilustrador de publicidade. Depois, vim para o Rio e conheci a escola de Gravura. Optei por essa formação.

- E como surgiu o interesse pela Gravura - e pela graduação em Gravura na Escola de Belas Artes - UFRJ?
Surgiu quando conheci os ateliês de gravura da UFRJ, que é um lugar muito rico de aprendizados. Faz pouco tempo. A característica de edição da gravura tem a ver com ilustração e cartoon, então foi uma ligação fácil. Aos poucos vi como ela faz pensar a imagem de outras maneiras, outras possibilidades, a gravura responde diferente do desenho comum, isso foi aumentando minha estima. Como o ateliê de gravura é coletivo, a convivência com outros autores também é um dos meus principais interesses.

- Voltando aos quadrinhos: Na série de gravuras apresentadas na coletiva Novíssimos 2009, é nítida a referência a um imaginário e estrutura próprios aos quadrinhos - principalmente no que diz respeito a narrativa, criação de personagens e construção de cenas. No entanto, tais narrativas (apresentadas em um conjunto de 8 gravuras) não se apresentam de modo linear, muito menos conclusivas, pois, enquanto conjunto, seu trabalho nos proporciona diversas leituras, e, ao mesmo tempo, em cada gravura da série encontramos todo um universo narrativo particular. Gostaríamos que você comentasse esse interesse pela construção narrativa em sua produção artística…
Tem a ver com essas referências à ilustração e HQ. A idéia é essa, descobrir caminhos que não sejam lineares nem conclusivos, ou seja, suas possibilidades. Não deixa de ser uma leitura do próprio método, uma referência ao seu processo construtivo. Ao esforço de pôr ordem nas idéias. Tem mais a ver com a dúvida do que com a solução. Em “dos camundongos reprogramáveis”, por exemplo, ocorreu de partir dum texto de biologia. É difícil ler um texto de biologia sem pensar em Deus, mas esse falava de manipulação genética nos ratos, que agora tem rato fluorescente, rato que toca música, rato com mil utilidades, mas em nenhum momento falava de ratos comestíveis e eu lembrei que tem gente que come sariguê. E sariguê nem é roedor. Etc. Então, eu parti duma coisa pronta para um estudo, uma série de imagens que, ironicamente ou não, para interpretar um raciocínio, perderam a lógica. Na prática funciona como um jogo de misturar algumas referências. É como se fosse uma tentativa de organizar as coisas.

- Uma curiosidade: desenho/ilustração + gravura/impressão são breves referências ao Cordel e aos Zines. Você já participou de publicações do tipo? Faço referência ao Zine não apenas por sua reprodutibilidade + médio custo + fácil aceitação, mas por ser esta, hoje em dia, uma espécie de publicação um tanto rara e até desconhecida por muitos - visto que a praticidade + custo (quase) zero e alta difusão das publicações online são uma realidade (e também necessidade) pra qualquer jovem artista. Como você vê a internet neste contexto?
Já participei. A internet é o lugar mais rápido de se publicar uma opinião e fazer contatos, então o velho zine não tem mais aquela urgência de existir. Continua existindo, e vai existir sempre como referência, mas agora tem o blog, fotolog, etc. Mais velocidade, cor. Isso impõe outro padrão de qualidade. Tem as tecnologias de impressão mais acessíveis. A internet não prejudica quem quer imprimir uma revista ou fazer uma xilogravura, pelo contrário. É uma ferramenta muito prática para a comunicação dos fanzineiros, gravadores, para todos os grupos que se achavam separados.

- Além do desenho e da gravura, você pesquisa ou tem interesse em pesquisar algum outro suporte/procedimento em sua produção artística?
Sim. Mas também a idéia de desenho e gravura pode se expandir.

- Quais os seus artistas de referência?
Atualmente são meus professores e colegas de trabalho.

- Você já tem planos para sua exposição individual na Galeria de Arte IBEU em 2010?
Tenho só algumas sugestões.

2009 | Novíssimos

Novíssimos 2009
(07 de agosto a 04 de setembro)

RELEASE

Criada em 1962 pelo crítico de arte Marc Berkowitz, a coletiva Novíssimos tem como objetivo apresentar a produção de arte de seu tempo e, igualmente, revelar novos talentos. Em 47 anos de existência, participaram deste Salão artistas como Anna Bella Geiger, Ivens Machado, Márcia X., Ana Holck, Mariana Manhães, Pedro Varela, Raul Leal, entre outros. Até 2008, 480 artistas já haviam participado desta coletiva anual.
Novíssimos 2009 terá a participação de 20 artistas que apresentarão trabalhos em pintura, gravura, escultura, vídeo, fotografia e instalação. Os artistas selecionados são: Bettina Vaz Guimarães (São Paulo – SP), Bromélio (Niterói – RJ), Claudia Mauad (Rio de Janeiro - RJ), Dimas Malachini (Rio de Janeiro – RJ), Dolly Michailovska (Rio de Janeiro – RJ), Edineusa Bezerril (Rio de Janeiro – RJ), Edna Kauss (Rio de Janeiro – RJ), Fernanda Lago (Petrópolis – RJ), Gisela Milman (Rio de Janeiro – RJ), Iuri Casaes (Rio de Janeiro – RJ), Juliana Jorge (Rio de Janeiro – RJ), Julie Brazil (Rio de Janeiro – RJ), Khalil Charif (Rio de Janeiro – RJ), Mari Pomp (Maricá – RJ), Maria Helena Bastos (Niterói – RJ), Maurício Santos (Rio de Janeiro – RJ), Mirella Farias (Rio de Janeiro – RJ), Nobel Brasil (Rio de Janeiro – RJ), Regina Cabral de Mello (Rio de Janeiro – RJ) e Rogério Miranda (Rio de Janeiro – RJ).
O artista em destaque nos Novíssimos 2009 será contemplado com uma exposição individual na Galeria de Arte IBEU em 2010, ano em que comemoramos 50 anos de atividades. O artista contemplado terá seu nome divulgado na noite de abertura. Durante o vernissage da mostra, também será entregue o Prêmio IBEU de Artes Plásticas 2007/2008 ao artista Umberto França, por Somáticos, considerada a melhor exposição de 2007/2008. Umberto ganhará uma passagem Rio-NY-Rio e uma importância em dinheiro.

2009 | Foto Rio

FotoRio 2009
Alberto Coelho, Fernanda Chemale,
Kryka Pujol/Edson Teixeira
(17 de junho a 17 de julho de 2009)


RELEASE

Alberto Coelho apresenta sete fotografias, impressas em lona, de diferentes dimensões, intituladas GeometriCidade. As fotos são suspensas em cabos de aço e em planos diferentes, com espaços entre elas, para que o espectador possa andar observando as imagens individualmente. Manter a tridimensionalidade da imagem fotografada é a tentativa de não deixar que a profundidade da cena termine no plano de impressão. O trabalho fotográfico faz uma alusão ao desenho e a escultura, dando a mesma importância às formas e aos espaços vazios. “O trabalho tem como base a arquitetura. É a possibilidade de um novo mundo, de forma a eliminar sua imperfeição e a estabelecer nova ordem. É criada uma nova construção”, diz o artista. As imagens fotográficas foram realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Alberto Coelho é programador visual e desenvolve projetos com Foto Designer nas áreas de Moda e Decoração.

Ferna
nda Chemale apresenta 25 fotografias 60 x 60cm, intituladas ElefanteCidadeSerpente. As imagens foram selecionadas para a edição do livro homônimo, que retrata o cotidiano do homem nas grandes cidades. Fernanda encarou o desafio de criar uma coleção de fotografias sobre as cidades hoje, sem o compromisso de documentar os edifícios, as avenidas, as pessoas, enfim a história sociocultural do espaço urbano. “Olhar a cidade, registrar seu cotidiano, sentir o pulsar irritante, perceber o movimento incessante. Ver a cidade nem sempre significa veracidade. É exatamente essa a principal idéia que perpassa no livro ElefanteCidadeSerpente. Fernanda assume olhar a cidade fotografando-a com uma acelerada visão, tipo zapping, permitindo que nós, leitores, sejamos parcialmente responsáveis pela montagem de incríveis caleidoscópios. Sua percepção aguçada, associada a um fantástico sentido de unidade fluida e plástica, possibilita que o heterogêneo e a descontinuidade, presentes nas metrópoles contemporâneas, apareçam como uma síntese que materializa seu gesto livre e expressivo”, diz o crítico de fotografia Rubens Fernandes Junior. A gaúcha Fernanda Chemale é fotógrafa e artista visual. Autora dos livros “Tempo de Rock e Luz” e “ElefanteCidadeSerpente”, nome do seu mais recente trabalho que será apresentado no IBEU durante o FotoRio 2009. A série já foi exibida na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro em Porto Alegre, em 2008 e no Centro Cultural de la Cooperación Floreal Gorini, em Buenos Aires, no mês passado.

Kryka Pujol / Edson Teixeira
apresentam 13 imagens, de dimensões variadas, intituladas Fotorritmia. O ritmo na fotografia se manifesta pela
repetição de elementos – linhas, formas, volumes, cores, tons – que em sua multiplicidade tornam-se o tema principal da composição. São fotografias que capturam estruturas rítmicas em variados ambientes, conduzem o olhar do espectador através de padrões lineares e curvilíneos, permitindo um transitar entre o elemento e o conjunto, entre o singular e o plural, entre o indivíduo e o coletivo. O ritmo está presente, por exemplo, na horizontalidade dos terraços incas de Machu Picchu, nos losangos da fachada de inspiração veneziana do Palácio do Governador, na Ilha de Rodes (fotografias de Edson Teixeira), como também, na manipulação digital de imagens, onde Kryka Pujol é capaz de criar padrões que intrigam o espectador. Foi a partir da exposição coletiva Policromia: Olhares & Experimentações, no FOTORIO 2005, que os dois fotógrafos iniciaram um trabalho em conjunto, explorando diferentes temas e técnicas.


FOTOS INAUGURAÇÃO


2009 | Márcio Santana - Luzes das Cores

Márcio Santana - Luzes das Cores
(15 de abril a 15 de maio de 2009)

RELEASE

Márcio Santana
apresenta a exposição Luzes das Cores, composta por 30 telas em tinta acrílica, produzidas entre 2007 e 2009, em médias e grandes dimensões. O artista trabalha grafismos e experimenta mistura de cores. Uma cor de fundo, um tom predominante, serve como aparato para outras camadas de cor, que em superposições criam esp
aços poéticos, perplexos de encantamento. Márcio procura uma linguagem original, com telas que mais parecem cartas escritas pela intuição.

Sobre seu processo criativo, Márcio Santana revela
: “A cor é meu principal interesse, ela é pensada, vem de experimentações que faço. Busco a cor sonhada, que vem no pensamento. Minha cor não é aleatória, é trabalhada”.

A cor em Márcio Santana transita entre nuances de tons e emanações luminosas, que surgem dentro do corpo dos pigmentos, diz César Romero, crítico de arte da ABCA e grande incentivador da arte de Márcio. A gestualidade comedida, que traduz uma
personalidade introspectiva e observadora, acontece em palavras, frases, sinais, riscaduras, escavações, signos, timidamente preenchendo todo o espaço da tela.

Márcio Santana nasceu em Socorro, estado de Sergipe,
em 1978, e reside em Salvador desde 1980. Autodidata, aos 13 anos, iniciou a sua carreira artística como assistente dos artistas Sinval e César Romero. Dez anos depois de traçar os primeiros desenhos, ele foi o vencedor do Projeto de Arte e Cultura Banco Capital Ano VI, na categoria Artes Plásticas, que proporcionou ao artista uma exposição individual em Salvador e a ilustração em talões de cheque do banco.

A crítica de arte e membro da Comissão Cultural do IBEU, Mirian de Carvalho, diz na apresentação da mostra:
Na pintura de Márcio Santana o colorido anima forças originárias das primeiras sensações visuais. Tais sensações nos remetem ao nascedouro das cores, como se presenciássemos a criação do Universo. Aprendizes na cena do surgimento d
o mundo, descobrimos nas telas de Márcio delicadas mudanças de luminosidade pontuando o início da vida. Porque das luzes surgem as cores. Das luzes, emana a vida. E nas cores fluem outras cores. Nas telas de Márcio Santana, a “monocromia” nos surpreende com inesperados rumos luminosos, tal se navegássemos constelações diurnas. Assim, em meio a texturas brandas, surge uma plêiade de pequenas luzes e matizes, que, entre a continuidade e a descontinuidade de movimentos lineares, sugerem um código primevo a ser decifrado. Andarilhos do enigma, sentimos que nessas cores e luzes reverberam imaginárias sonoridades de um poema que fala da criação do mundo. No poema, visitamos o interior das mandalas do Oriente. Participamos de antigos ritos das cavernas. E caminhamos sobre tapeçarias oníricas que nos trazem de volta ao chão. Ao seguirmos tal percurso, inicia-se nosso aprendizado das luzes.

FOTOS INAUGURAÇÃO


2009 | Rita Manhães - Impuro Jardim

Rita Manhães - Impuro Jardim
(04 de março a 03 de abril de 2009)


RELEASE

Rita Manhães apresenta Impuro jardim, mostra individual de pinturas com telas em grandes formatos (em média 200 x 200cm), todas de 2008, feitas em tinta acrílica, óleo, esmalte sintético e colagem sobre lona tratada.


O título da mostra remete à complexidade e possível indistinção dos dois focos dominantes nas telas de Rita Manhães: de um lado a paisagem do Rio de Janeiro e suas conotações (sociológicas e mitológicas); do outro lado, a desinibição necessária da arte contemporânea (uma percepção simultânea entre figuração e abstração, o uso de materiais e procedimentos do mundo atual).

Rita Manhães exibe noções divergentes de pintura, do ostensivamente figurativo ao ostensivamente abstrato, do gráfico ao matérico e do textual ao formal. Buscando a ambivalência ou uma dupla validade, Rita emite a consciência da arte de hoje (a sobrecarga do seu legado histórico) e de seus desdobramentos experimentais (a coexistência e contaminação de repertórios, meios e efeitos).

A crítica de arte e membro da Comissão Cultural do IBEU, Mirian de Carvalho, diz na apresentação da mostra: Amplo e complexo é o universo da arte hoje. Sua conceituação tem sido rodeada de equívocos porque a arte contemporânea não se reduz a instalações nem a expressões objetuais e virtuais, dentre outras vertentes similares. Porém, é possível observar-se que a contemporaneidade de tais linguagens pode ser abordada do ponto de vista do espaço, que, dentre outros aspectos, revela-se autônomo, adimensional e, por vezes, virtual. Entanto, tais “qualidades” espaciais podem igualmente ser encontradas numa pintura que, sem conotações narrativas, se faz contemporânea. Sob esse aspecto, ressaltamos o trabalho de Rita Manhães. Recorrendo ao encantatório, a pintora reúne o figurativo e o abstrato para criar espaços em esquiva da representação. Rita cria áreas de colorido que ultrapassam a “bidimensionalidade” pictórica para fundar espaços-entre e espaços-além. Trata-se de espaços não mensuráveis que não se limitam ao suporte, e assim tangenciam o virtual e o conceitual. Numa interpretação poética, pode ser dito que a pintora busca nas cores o universo do homem contemporâneo.


FOTOS INAUGURAÇÃO